terça-feira, 2 de junho de 2015

PRIMEIRO SIMULADO DO BLOG - JUNHO/2015.

TESTE  SEUS  CONHECIMENTOS  PARA O  DESAFIO  DO  ENEM !

CIÊNCIAS  HUMANAS (HISTÓRIA,SOCIOLOGIA E  FILOSOFIA)    TOTAL:  40 QUESTÕES

CONFIRA  O  GABARITO  NO  FINAL  DO SIMULADO !


1)  O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão:

“Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo. Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange, acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos envenenados”.

Identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Voltaire.

A)  Aquele que se pauta pela razão e pela verdade não é um sábio, pois corre um risco desnecessário.
B)  A razão é impotente diante do fanatismo, pois esse sempre se impõe sobre os seres humanos.
C)  Aquele que se orienta pela razão e pela verdade deve munir-se da coragem para enfrentar o obscurantismo e o fanatismo.
D)  O fanatismo e o obscurantismo são coisas do passado e por isso a razão não precisa mais estar alerta.
E)  A razão envenena o espírito humano com o fanatismo.

2)   "A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão teria grande repercussão no mundo inteiro. Este documento é um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. Os homens nascem e vivem livres e iguais perante a lei, dizia seu primeiro artigo; mas também prevê a existência de distinções sociais, ainda que somente no terreno da utilidade comum ..." Assinale a alternativa que identifica um dos artigos da Declaração que prevê a distinção a que o texto se refere.

a) "A propriedade privada é um direito natural, sagrado, inalienável e inviolável."

b) "Os cidadãos de conformidade com suas posses devem contribuir com as despesas da administração pública."
c) "A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de força pública que deve ser instituída em benefício de todos..."
d) "A lei só tem direito de proibir as ações que sejam prejudiciais à sociedade."
e) "Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, mesmo religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública...".

3)  Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram , Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa. Mar Português. Obra poética, 1960. Adaptado.)

 Entre outros aspectos da expansão marítima portuguesa a partir do século XV, o poema menciona

(A) o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na principal potência europeia por quatro séculos.
(B) o reconhecimento do papel determinante da Coroa no estímulo às navegações e no apoio financeiro aos familiares dos navegadores.
(C) a crença religiosa como principal motor das navegações, o que justifica o reconhecimento da grandeza da alma dos portugueses.
(D) a percepção das perdas e dos ganhos individuais e coletivos provocados pelas navegações e pelos riscos que elas comportavam.
(E) a dificuldade dos navegadores de reconhecer as diferenças entre os oceanos, que os levou a confundir a América com as Índias.

4) Entre as diferenças políticas que levaram o Norte e o Sul dos Estados Unidos à Guerra Civil, em 1861, podemos citar

(A) a disputa pelo mercado consumidor europeu de matérias primas e pelo mercado consumidor latino-americano de manufaturados.
(B) a disputa em relação às terras do Oeste, que vinham sendo conquistadas e gradualmente incorporadas à União.
(C) o apoio nortista às lutas pela independência de Cuba e a rejeição sulista às emancipações políticas no Caribe.
(D) a anexação de terras do México por estados do Norte e a defesa sulista da autonomia e da soberania territorial mexicana.
(E) o esforço de expansão para o Sul e o consequente estabelecimento de hegemonia norte-americana sobre a América Latina.

5) A proclamação da República não é um ato fortuito, nem obra do acaso, como chegaram a insinuar os monarquistas; não é tampouco o fruto inesperado de uma parada militar. Os militares não foram meros instrumentos dos civis, nem foi um ato de indisciplina que os levou a liderar o movimento da manhã de 15 de novembro, como tem sido dito às vezes. Alguns deles tinham sólidas convicções republicanas e já vinham conspirando há algum tempo [...]. Imbuídos de ideias republicanas, estavam convencidos de que resolveriam os problemas brasileiros liquidando a Monarquia e instalando a República.
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república, 1987.)

O texto identifica a proclamação da República como resultado

(A) da unidade dos militares, que agiram de forma coerente e constante na luta contra o poder civil que prevalecia durante o Império.
(B) da fragilidade do comando exercido pelo Imperador frente às rebeliões republicanas que agitaram o país nas últimas décadas do Império.
(C) de um projeto militar de assumir o comando do Estado brasileiro e implantar uma ditadura armada, afastando os civis da vida política.
(D) da disseminação de ideais republicanos e salvacionistas nos meios militares, que articularam a ação de derrubada da Monarquia.
(E) de uma conspiração de civis, que recorreram aos militares para derrubar a Monarquia e assumir o controle do Estado brasileiro.

6)  Os protestos que tomaram as ruas do Brasil durante o mês de junho de 2013 foram originalmente motivados por problema que aflige grande parte da população que vive nas grandes cidades do país, a saber,

(A) o aumento do desemprego e a precarização do trabalho.
(B) o alto custo e a má qualidade do sistema público de saúde.
(C) o aumento da violência urbana e o alto custo da segurança pública.
(D) a falta de vagas na educação básica e a precarização do sistema público de ensino.
(E) o alto custo e a má qualidade do sistema público de transporte.


7) Leia a notícia.

Um grupo de indígenas que protestava contra a mudança no processo de demarcação de terras cercou nesta quinta-feira [18.04.2013] o Palácio do Planalto. De acordo com um dos representantes do movimento, Neguinho Tuká, a população indígena não foi ouvida durante o processo de elaboração da PEC 215 e teme perder suas terras com as mudanças. “Índio sem terra não tem vida”, declarou o coordenador das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Marcos Apurinã. “Não aceitamos e não vamos aceitar mais esse genocídio.” O grupo é o mesmo que, na última terça-feira, 16, invadiu o plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra a PEC 215, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil. (http://ultimosegundo.ig.com.br. Adaptado.)

São processos que vêm contribuindo para o acirramento da tensão social envolvendo a população indígena no campo brasileiro:
(A) o avanço das atividades agrícolas, mineradoras e pecuárias de grande porte; a instalação de usinas hidrelétricas em terras indígenas; e a permanência da concentração de terras no país.
(B) a expansão da reforma agrária; o aumento do desemprego no campo; e a ausência de políticas de assistência social destinada à população indígena.
(C) o avanço das atividades agrícolas, mineradoras e pecuárias de grande porte; a expansão da reforma agrária; e a reivindicação da população indígena de direitos não previstos na Constituição Federal.
(D) a expansão da reforma agrária e da agricultura familiar; a instalação de usinas hidrelétricas em terras indígenas; e a permanência da concentração de terras no país.
(E) a expansão da agricultura familiar no país; o aumento do desemprego no campo; e a ausência de políticas de assistência social destinada à população indígena.

8) A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete. (André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.)

A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria

(A) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de emancipação racional da humanidade.
(B) maquiavélica, que postula o encontro da virtude com a fortuna como princípios básicos da geopolítica.
(C) política de Rousseau, para quem a submissão à vontade geral é condição para experiências de liberdade.
(D) teológica de Santo Agostinho, que considera que o processo de iluminação divina afasta os homens do pecado.
(E) política de Hobbes, que conceitua a competição e a desconfiança como condições básicas da natureza humana.

9) Segundo Franz Boas, as pessoas diferem porque suas culturas diferem. De fato, é assim que deveríamos nos referir a elas: a cultura esquimó ou a cultura judaica, e não a raça esquimó ou a raça judaica. Apesar de toda a ênfase que deu à cultura, Boas não era um relativista que acreditava que todas as culturas eram equivalentes, nem um empirista que acreditava na tábula rasa. Ele considerava a civilização europeia superior às culturas tribais, insistindo apenas em que todos os povos eram capazes de atingi-la. Não negava que devia existir uma natureza humana universal ou que poderia haver diferenças entre as pessoas de um mesmo grupo étnico. O que importava para ele era a ideia de que todos os grupos étnicos são dotados das mesmas capacidades mentais básicas. (Steven Pinker. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana, 2004. Adaptado.)

Considerando o texto, é correto afirmar que, de acordo com o antropólogo Franz Boas,

(A) os critérios para comparação entre as culturas são inteiramente relativos.
(B) a vida em estado de natureza é superior à vida civilizada.
(C) as diferenças culturais podem ser avaliadas por critérios universalistas.
(D) as diferenças entre as culturas são biologicamente condicionadas.
(E) o progresso cultural é uma ilusão etnocêntrica europeia.


10)  "Religião sempre foi um negócio lucrativo." Assim começa uma reportagem da revista americana Forbes sobre os milionários bispos fundadores das maiores igrejas evangélicas do Brasil. A revista fez um ranking com os líderes mais ricos. No topo da lista, está o bispo Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, segundo a revista. Em seguida, vem Valdemiro Santiago, com R$ 400 milhões; Silas Malafaia, com R$ 300 milhões; R. R. Soares, com R$ 250 milhões, e Estevan Hernandes Filho e a bispa Sônia, com R$ 120 milhões juntos. A Forbes também destaca o crescimento dos evangélicos no Brasil – de 15,4% para 22,2% da população na última década –, em detrimento dos católicos. Hoje, os católicos romanos somam 64,6% da população, ou 123 milhões de brasileiros. Os evangélicos, por sua vez, já somam 42 milhões, em uma população total de 191 milhões de pessoas.
(Forbes lista os seis líderes milionários evangélicos no Brasil. uol.com.br, 19.01.2013. Adaptado.)

 Os fatos descritos na reportagem são compatíveis filosoficamente com uma concepção

A) teológico-protestante, baseada na valorização do sacrifício pessoal e da prosperidade material.
(B) kantiana, que preconiza a possibilidade de se atingir a maioridade intelectual.
(C) cartesiana, que pressupõe a existência de Deus como condição essencial para o conhecimento racional.
(D) dialético-materialista, baseada na necessidade de superação do trabalho alienado.
(E) teológico-católica, defensora da caridade e idealizadora de virtudes associadas à pobreza.

11) Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade permite reparti-las facilmente no escritório. (Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. A indústria cultural como mistificação das massas.
                                                          (In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.)

 O tema abordado pelo texto refere-se

(A) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa
(B) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa
(C) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais.
(D) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo.
(E) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento.

12) Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.
(Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo,

(A) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.
(B) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.
(C) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.
(D) pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a política da Inglaterra.
(E) pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma  administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.


13) As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e sim matérias-primas.
                             (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

 O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida quando

(A) portugueses e espanhóis libertaram suas colônias africanas e permitiram que elas comercializassem marfim, café e outros produtos livremente com o resto do mundo.
(B) norte-americanos passaram a estimular a independência das colônias africanas, para ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentícios.
(C) ingleses e holandeses estabeleceram amplo comércio escravista entre os dois litorais do Atlântico Sul.
(D) ingleses e franceses buscaram resinas, tinturas e outros produtos na África e desestimularam o comércio escravista.
(E) portugueses e espanhóis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da África.


14) Os caminhões rodando, as carroças rodando, Rápidas as ruas se desenrolando, Rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos... E o largo coro de ouro das sacas de café!... Na confluência o grito inglês da São Paulo Railway... Mas as ventaneiras da desilusão! a baixa do café!...
                              (Mário de Andrade. Paisagem n° 4. Poesias completas, 1987.)
 2015 assinala  as comemorações dos 70 anos da morte  de Mário de Andrade. O poema acima, escrito em 1922, revela características da cidade de São Paulo na época. Entre elas, podemos citar

(A) o desinteresse dos cafeicultores em controlar o preço do café no mercado internacional.
(B) o limitado crescimento econômico, que eliminou o peso e a influência da capital paulista nas decisões do governo federal.
(C) a harmonização social, após o período de revoltas sociais do início da República.
(D) a hegemonia do capital estrangeiro, que impedia o crescimento da burguesia nacional.
(E) a persistência de aspectos tradicionais durante o processo de modernização e reurbanização.


15) Eu acho que a anistia foi a solução, mas ela não foi completa. Quer dizer, não podiam ser anistiados aqueles que mataram torturando, porque esse é um crime inafiançável. Quem mata calmamente, friamente, tem de sofrer um processo e tem de sofrer também as consequências do seu ato. Isso nunca foi executado no Brasil como foi executado na Argentina com todos os generais. O Brasil fez uma anistia pela metade, mas nós ficamos contentes porque não houve derramamento de sangue.
               (D. Paulo Evaristo Arns ex-Arcebispo de São Paulo Cult, março de 2004.)

Segundo a declaração de D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo entre 1970 e 1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979,

(A) perdoou opositores e defensores do regime militar e, a despeito de suas imperfeições, impediu confrontos e mortes entre setores políticos rivais.
(B) inspirou-se na lei de anistia argentina, que julgou e condenou militares que mataram e torturaram durante o regime militar.
(C) foi inútil, uma vez que não puniu aqueles que atuaram, durante o regime militar, nos órgãos de repressão política e policial.
(D) foi equivocada, pois determinou o posterior levantamento, análise e julgamento dos crimes cometidos durante o período do regime militar através da Comissão da Verdade.
(E) beneficiou os opositores do regime militar e condenou aqueles que os reprimiram por meio da violência e da tortura.
]
16) [...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império [...] ainda continham escravos.
                           (Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)

A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores,

 (A) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção ao Brasil.
 (B) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos
 (C) à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
 (D) à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho na lavoura do café.
 (E) à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional.

17) Observe a charge.


 Em 1977, o Regime Militar, por meio da Agência Nacional de Comunicação, lançou uma propaganda que ensinava a população a fazer um cata-vento verde e amarelo e convocava-a a sair às ruas com esses brinquedos para comemorar a Semana da Pátria. Por meio de uma charge, o cartunista Henfil ironizou essa iniciativa do governo, sublinhando um outro problema enfrentado pelo país nessa época.                                                               (IstoÉ,19.10.1977. Adaptado.)

Considerando o contexto histórico no qual a charge se insere, é correto afirmar que o cartunista chamava a atenção  para

(A) a alienação social frente à falta de planejamento econômico.
(B) o gasto excessivo do governo no setor da energia eólica.
(C) a falta de investimento público no setor de transporte.
(D) os impactos ambientais em decorrência da mecanização.
(E) a abertura econômica do país ao capital estrangeiro.

18) Ao abordar, em 1542, o modo pelo qual os espanhóis conquistaram a América, o frei Bartolomé  de Las Casas escreveu:

A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi unicamente não terem outra finalidade última senão o ouro, para enriquecer em pouco tempo, subindo de um salto a posições que absolutamente não convinham a suas pessoas; enfim, não foi senão sua avareza que causou a perda desses povos indígenas, que por serem tão dóceis e tão benignos foram tão fáceis de subjugar; e quando os índios acreditaram encontrar algum acolhimento favorável entre esses bárbaros, viram-se tratados pior que animais e como se fossem menos ainda que o excremento das ruas; e assim morreram, sem Fé nem Sacramentos, tantos milhões de pessoas.

( Brevíssimo relato da destruição das Índias Ocidentais. Porto Alegre: LP & M, 1984.)

 É correto afirmar que, no documento acima, o autor critica

a) a subversão social e religiosa provocada com o ouro conseguido pelos conquistadores.
b) a presença dos missionários espanhóis na América.
c) o fato de os índios, bárbaros que eram, terem morrido sem serem catequizados.
d) a resistência armada dos indígenas à invasão espanhola.
e) a falta de mão de obra para a exploração colonial espanhola.

19) Dentre as características do apartheid, que vigorou na África do Sul entre 1948 e 1994, destacou-se a

a) prática de um racismo informal contra a população negra, sem a construção de um quadro legal segregacionista.
b) ditadura militar, que impedia a realização de eleições diretas e proibia a formação de partidos políticos.
c) concessão de direitos civis à população negra, porém com a interdição de seus direitos políticos.
d) incorporação da população negra às zonas habitadas por brancos, com o objetivo de facilitar seu controle social.
e) segregação institucionalizada da população negra, formalizada em um conjunto orgânico de leis.

20) Com o fim do regime militar, as eleições do presidente da República do Brasil passaram a ser diretas e em dois turnos, tendo ocorrido, desde então, vários pleitos sob essa regra.

 Após a redemocratização, a eleição presidencial de 2014 – cujo primeiro turno ocorreu em 3 de outubro – é

a) terceira.
b) quarta.
c) quinta.
d) sexta.
e) sétima

21 )  Na atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos.  Na Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando  predominaram

a) a liberdade e o individualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeito à privacidade.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.

22 )   A atividade extrativista desenvolvida na Amazônia, durante o período colonial, foi importante, porque

a) garantiu a ocupação da região e aproveitou a mão de obra indígena local.
b) reproduziu, na região, a estrutura da grande propriedade monocultora.
c) gerou riquezas e permitiu a abertura de estradas na região.
d) permitiu a integração do norte do Brasil ao contexto andino.
e) inviabilizou as aspirações holandesas de ocupação da floresta.

23) “Deus castigou esta terra com dez pragas muito cruéis por causa da dureza e obstinação de seus moradores [...]. A primeira dessas pragas foi que, num dos navios, veio um negro atacado de varíola, uma doença que nunca tinha sido vista nessa terra.”
                                    (Motolinía. Memórias das coisas da Nova Espanha. )

A respeito desse relato do franciscano  Motolinía, sobre a conquista da cidade do México pelos espanhóis, em 1520, pode-se concluir que

a) os religiosos europeus justificavam a conquista das populações indígenas por serem geneticamente frágeis.
b) os povos indígenas adotavam táticas cruéis de guerra que incluíam a disseminação de epidemias entre os conquistadores.
c) os astecas foram dominados pelos espanhóis por meio de uma estratégia que evitou a guerra, mas disseminou epidemias mortíferas.
d) as epidemias tornaram-se uma forma eficiente de dominação empregada pelos europeus na conquista das terras indígenas.
e) as epidemias originárias da África dizimaram parte do exército dos conquistadores espanhóis e dos indígenas mexicanos.

24)  Da Independência dos Estados Unidos (1776), da Revolução Francesa (1789) e do processo de independência na América Ibérica (1808-1824), pode-se dizer que todos esses movimentos

a) decidiram implementar a abolição do trabalho escravo e da propriedade privada.
b) tiveram início devido à pressão popular radical e terminaram sob o peso de execuções em massa.
c) conseguiram, com o apoio da burguesia ilustrada, viabilizar a revolução industrial.
d) adotaram ideias democráticas e defenderam a superioridade do homem comum.
e) sofreram influência das ideias ilustradas, mas variaram no encaminhamento das soluções políticas.

25) Sobre a Lei de Terras, decretada no mesmo ano (1850) da Lei Eusébio de Queirós, que suprimiu o tráfico negreiro, é correto afirmar que

a) dificultava o acesso dos ex-escravos à propriedade da terra, estabelecendo o critério da compra e venda.
b) estava associada a uma concepção de distribuição de terras para estimular a produção agrícola.
c) facilitava a aquisição de terras pelos ex-escravos e imigrantes, ao associar terra livre e trabalho livre.
d) estava vinculada à necessidade de expansão da fronteira agrícola e aquisição de terras na Amazônia.
e) superava o antigo conceito de sesmaria, ao impedir a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários.


26) “Em certo sentido, os portugueses, os espanhóis e os italianos, compondo os maiores contingentes imigratórios para o Brasil, registrados entre a Independência e a Primeira Guerra Mundial, satisfaziam as reivindicações dos dois grupos de pressões nacionais.”
                ( Maria L. Renaux e Luiz F. de Alencastro. História da Vida Privada no Brasil.)

 Uma das reivindicações atendidas com a entrada desses imigrantes foi a de

a) políticos nortistas para povoar as áreas de fronteira.
b) fazendeiros escravagistas para aumentar a produção canavieira.
c) políticos defensores do “embranquecimento” da população nacional.
d) industriais paulistas para obtenção de mão de obra especializada.
e) políticos europeus para solucionar problemas decorrentes da unificação nacional.

27) “Não é por acaso que as autoridades brasileiras recebem o aplauso unânime das autoridades internacionais das grandes potências, pela energia implacável e eficaz de sua política saneadora [...]. O mesmo se dá com a repressão dos movimentos populares de Canudos e do Contestado, que no contexto rural [...] significavam praticamente o mesmo que a Revolta da Vacina no contexto urbano”.
                                      ( Nicolau Sevcenko. A revolta da vacina. )

De acordo com o texto, a Revolta da Vacina, o movimento de Canudos e o do Contestado foram vistos internacionalmente como

a) provocados pelo êxodo maciço de populações saídas do campo rumo às cidades logo após a abolição.
b) retrógrados, pois dificultavam a modernização do país.
c) decorrentes da política sanitarista de Oswaldo Cruz.
d) indícios de que a escravidão e o império chegavam ao fim para dar lugar ao trabalho livre e à república.
e) conservadores, porque ameaçavam o avanço do capital norte-americano no Brasil.


28) 

                                                  (Tarzan,  Foto de 1931.)

Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o mundo,  representam

a) o modelo de “bom selvagem” segundo a teoria do filósofo J. Jacques Rousseau.
b) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazi-facismo.
c) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela ideologia do “american way of life”.
d) a superioridade do “homem branco” segundo os defensores da expansão “civilizatória ocidental”.
e) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope.

29) “A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do Estado... O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no contrato de submissão...” Diderot, artigo “Autoridade política”, Enciclopédia, 1751.


 Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é correto afirmar que o autor

a) pressupunha, como os demais iluministas, que os direitos de cidadania política eram iguais para todos os grupos sociais e étnicos.
b) propunha o princípio político que estabelecia leis para legitimar o poder republicano e democrático.
c) apoiava uma política para o Estado, submetida aos princípios da escolha dos dirigentes da nação, por meio do voto universal.
d) acreditava, como os demais filósofos do Iluminismo, na revolução armada como único meio para a deposição de monarcas absolutistas.
e) defendia, como a maioria dos filósofos iluministas, os princípios do liberalismo político que se contrapunham aos regimes absolutistas.


30) Diz a Constituição Brasileira de 1988, no capítulo reservado aos índios: Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados  com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. § 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. (....)

 Pela Constituição Brasileira, é correto afirmar que

a) os índios podem usufruir de todos os recursos naturais da área que lhes for demarcada.
b) os índios precisam de autorização do Congresso Nacional para utilizar os recursos hídricos das terras que ocupam.
c) a reprodução física e cultural dos índios não é prevista pela legislação.
d) a União deverá demarcar terras ocupadas pelos índios desde que estes reconheçam a necessidade de alterar seus costumes e tradições.
e) os índios são os legítimos proprietários das terras que ocupam, podendo vendê-las de acordo com seus interesses.

31) A luta pelo desarmamento nuclear, pelo fim da Guerra Fria e pela paz serviu de inspiração, a partir da década de 1960, para as chamadas músicas de protesto que, com diferentes referências ideológicas, tornaram mundialmente conhecidas certas canções dos Beatles, Rolling Stones, Ramones, Sex Pistols etc. No Brasil, tivemos fenômeno semelhante. “Como é difícil acordar calado” é um dos versos de Cálice, composição de Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil, que explora o duplo sentido causado pela sonoridade de seu título. Composta em 1973, quando o país estava sob o regime militar, a música se refere

a) ao milagre econômico brasileiro.
b) à anistia ampla, geral e irrestrita.
c) ao combate ao uso de drogas.
d) à campanha pelas diretas já.
e) à falta de liberdade de expressão.

32) Durante o período em que o Brasil foi Império houve, entre outros fenômenos, a

a) consolidação da unidade territorial e a organização da diplomacia.
b) predominância da cultura inglesa nos campos  literário e das artes plásticas.
c) constituição de um mercado interno nacional, integrando todas as regiões do país.
d) incidência de guerras externas e a ausência de rebeliões internas nas províncias.
e) inclusão social dos índios e a abolição da escravidão negra.


33) A política externa dos Estados Unidos com relação à América Latina, na segunda metade do século XX, se pautou

a) pelo modelo criado pela Política de Boa Vizinhança (PBV), em particular nos momentos de rejeição às intervenções armadas.
b) por tratados de comércio nos quais os participantes recebem tratamento simétrico em nome dos princípios do pan-americanismo.
c) pelo papel decisivo dos EUA nas diretrizes da Organização dos Estados Americanos (OEA), em especial no tocante a Cuba.
d) pela defesa constante da democracia no continente, inclusive no período das ditaduras militares no Cone Sul.
e) pela escolha da América Latina, como principal alvo político e mercado de investimentos, escalonada depois da Europa e Ásia.

34) A exploração dos metais preciosos encontrados na América Portuguesa, no final do século XVII, trouxe importantes consequências tanto para a colônia quanto para a metrópole. Entre elas,

a) o intervencionismo regulador metropolitano na região das Minas, o desaparecimento da produção açucareira do nordeste e a instalação do Tribunal da Inquisição na capitania.
b) a solução temporária de problemas financeiros em Portugal, alguma articulação entre áreas distantes da Colônia e o deslocamento de seu eixo administrativo para o centro-sul.
c) a separação e autonomia da capitania das Minas Gerais, a concessão do monopólio da extração dos metais aos paulistas e a proliferação da profissão de ourives.
d) a proibição do ingresso de ordens religiosas em Minas Gerais, o enriquecimento generalizado da população e o êxito no controle do contrabando.
e) o incentivo da Coroa à produção das artes, o afrouxamento do sistema de arrecadação de impostos e a importação dos produtos para a subsistência diretamente da metrópole.


35) Constituição de 1824: "Art.. 98.0 Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (...) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado."
 Frei Caneca: "O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.”
 Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824  era

(A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador.
(B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.
(C) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade.
(D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação.
(E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política.


36)


Na charge identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria “ que lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
a) Negação da cidadania aos familiares cativos.
b) Concessão de alforrias aos militares escravos.
c) Perseguição dos escravistas aos soldados negros.
d) Punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
e) Suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.
37) A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reuniu representantes de comissões estaduais e de várias instituições para apresentar um balanço dos trabalhos feitos e assinar termos de cooperação com quatro organizações. O coordenador da CNV estima que, até o momento, a comissão examinou, “por baixo”, cerca de 30 milhões de páginas de documentos e fez centenas de entrevistas.
Disponível em www.jb.com.br. Acesso em 2 mar. 2013 (adaptado).
A notícia descreve uma iniciativa do Estado que resultou da ação de diversos ocorridos entre 1964 e 1988. O objetivo dessa iniciativa foi
a) anular a anistia aos chefes militares.
b) rever as condenações judiciais ao presos políticos.
c) perdoar os crimes atribuídos aos militares esquerdistas.
d) comprovar o apoio da sociedade aos golpistas anticomunistas.
e) esclarecer as circunstâncias de violações aos direitos humanos.
38) Três décadas – de 1884 a 1914 – separam o século XIX – que terminou com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa – do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África.
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia, das Letras, 2012.
O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que
a) difundiu as teorias socialistas.
b) acirrou as disputas territoriais.
c) superou as crises econômicas.
d) multiplicou os conflitos religiosos.
e) conteve os sentimentos xenófobos.

39)  Leia abaixo o fragmento de uma reportagem de jornal.

JOVENS DE CLASSE MÉDIA ROUBAM E ESPANCAM DOMÉSTICA

Cinco jovens de classe média roubaram e agrediram  a socos e pontapés a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, de 32 anos, que estava em um ponto de ônibus na Barra da Tijuca, bairro de elite na zona oeste do Rio, na manhã de sábado, 23. Um dos três agressores que foram presos justificou o crime à polícia dizendo que acharam que a mulher era "uma vagabunda".

Ainda que a reportagem seja atual, na Grécia Antiga os espartanos realizavam periodicamente massacres aos hilotas, classe socialmente inferior. Quanto ao exposto e as análise sobre essas duas realidades sociais é possível concluir que

A)    ainda que separadas pelo tempo os comportamentos desses setores sociais não suscitam nenhum conclusão mais atenta para a história.
B)    a ação preconceituosa dos jovens cariocas em relação à empregada doméstica tem mesmo peso e  sentido que os espartanos tiveram com os hilotas.
C)    assim como em Esparta, atualmente a culpa por esse comportamento agressivo em relação aos  extratos sociais inferiores é uma resposta ao temor sentido pelas classes dominantes, assim, essa é uma forma de proteção.
D)    são duas realidades distintas, mas que retratam o comportamento hostil que classes dominantes apresentam frente a grupos sociais menos protegidos pelo Estado.
E)    essa é uma certeza de que a história se repete e, por conclusão não evolui. Os comportamentos dos jovens espartanos encontram eco na atual sociedade brasileira.

40) Onde há galo, galinha não canta
(Ditado popular conhecido na época colonial)

O ditado acima revela uma das mais marcantes características da sociedade colonial. O mesmo se refere ao

A)   caráter rural.
B)   caráter paternal.
C)  caráter patriarcal.
D)  caráter aristocrático.
E)   caráter preconceituoso.




     GABARITO  (  SIMULADO )


      1C/ 2A/ 3D/ 4B/ 5D/ 6E/ 7A/ 8E/ 9C/ 10A/ 11E/12D/ 13D/14 E/ 15A/ 16A/ 


17E/18A/19E/20E/21B/22A23D/24E/25A/26C/27B/28D/29E/30A/31E/32A/33C/


34B/35C/36A/37E/38B/39D/40C


     
      







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