terça-feira, 16 de junho de 2015

QUESTÕES REPÚBLICA DA ESPADA

QUESTÕES

1) "Não posso mais suportar este Congresso; é mister que ele desapareça para a felicidade do Brasil." (Deodoro da Fonseca) 
A afirmação anterior, que antecedeu o golpe do Marechal Deodoro, ocorreu porque: 

a) tanto quanto Fernando Henrique Cardoso, Deodoro não conseguia aprovar as reformas administrativa e da previdência. 
b) o Congresso aprovara a Lei de Responsabilidade, que reduzia as atribuições do presidente, criticado pelo autoritarismo. 
c) o governo de Deodoro, marcado por atitudes democráticas e lisura administrativa, gerava a oposição de grupos oligárquicos. 
d) eleito pelo povo em pleito direto, Deodoro da Fonseca sofria forte oposição do Legislativo. 
e) as bem-sucedidas reformas econômicas de seu governo provocaram a insatisfação de grupos atingidos em seus privilégios

2) O marechal Floriano Peixoto, em sua política econômico financeira,

a) orientou-se no sentido de apoiar a lavoura, principalmente a cafeeira, cuja situação era precária devido à diminuição da demanda nos mercados internacionais.
b) procurou combater a inflação, contando para isso com a colaboração de seu Ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho.
c) buscou particularmente a diversificação de produtos agrícolas, buscando substituir o café pelo algodão, cacau e açúcar, como produtos básicos de nossa economia exportadora; como consequência  ocorreram rebeliões contra o governo central, promovidas pela oligarquia cafeicultora paulista.
d) orientou-se no sentido de promover a industrialização do país através de uma política de empréstimos e financiamentos.
e) visando a diminuir a dívida externa do Brasil, pagou a maior parte de nossos débitos no exterior, principalmente junto aos Estados Unidos.

3) A crise do Encilhamento, ocorrida durante o primeiro governo republicano, provocou um grande descontrole na economia nacional. Essa crise

a) culminou com o desenvolvimento da forte política de industrialização no Brasil.
b) foi consequência da política econômico-financeira de emissão de papel-moeda e do crédito aberto, adotada por Rui Barbosa, então Ministro da Fazenda.
c) conteve a especulação, evitando a falência de banqueiros e industriais.
d) foi consequência da desvalorização dos preços do café no mercado internacional.
e) levou o Ministro Rui Barbosa e a elite agroexportadora a elaborarem o primeiro programa de valorização do café.

4)
O movimento militar chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca, em 1889, proclamou a República no Brasil, implantando um modelo de governo que se declarava democrático. Décio Saes, ao estudar posteriormente esse movimento, afirma que a democracia nascente definia-se desde logo como uma democracia elitista e limitada, que correspondia a um refinamento da dominação de classe dos proprietários de terras no plano das instituições políticas, configurando um novo modelo de exclusão política. 
(SAES, Décio. Classe média e sistema político no Brasil. São Paulo: T. A. Queiroz, 1984. )

Pode-se afirmar que a democracia da República Velha foi um novo modelo de exclusão política na medida em que, nesse período,

a) implantou-se o federalismo, em que cada estado-membro ganhava autonomia para eleger o governador do estado e os deputados, que deveriam ser grandes proprietários rurais.
b) adotou-se como sistema de governo o presidencialismo, em que o presidente da República deveria escolher seus ministros entre os grandes cafeicultores paulistas.
c) garantiu-se o direito de voto aos brasileiros do sexo masculino, maiores de 21 anos, excetuando analfabetos, mendigos, soldados e religiosos sujeitos à obediência eclesiástica.
d) proclamou-se a independência entre o Estado e a Igreja, pondo fim ao regime do padroado, vigente no Império, embora fosse vetado o acesso de protestantes aos cargos públicos.
e)  o voto por ser censitário beneficiava menos de 1% da população.

5) A Constituição Brasileira de 1891 estabeleceu a organização de um Estado Federal. Sobre o período histórico e essa constituição, pode-se afirmar que

a) efetivou a República federal presidencialista, através da divisão dos três poderes e da transformação das províncias em estados-membros com autonomia relativa.
b) consolidou a República no Brasil, através de um governo parlamentar fundamentado na doutrina positivista.
c) seguiu o modelo federal dos EUA, no qual os estados-membros teriam total independência e só permaneceriam unidos em questões relativas ao comércio internacional e em casos de guerra.
d) criou a República e, pela primeira vez, garantiu o voto ao analfabeto, tendo como característica inovadora a concentração do poder no Legislativo.
e) fortaleceu o sistema presidencialista e o pluripartidarismo e restringiu os poderes do Legislativo, enfraquecendo os poderes dos coronéis regionais.

6) Com a instalação da República no Brasil, algumas mudanças fundamentais aconteceram. Entre elas, destacam-se:

a) a militarização do poder político e a universalização da cidadania.
b) a descentralização do poder político e um regime presidencialista forte
c) um poder executivo frágil e a criação de forças públicas estaduais.
d) a aproximação entre o Brasil e os Estados Unidos e a instituição do voto secreto.
e) a fundação do Banco do Brasil e a descentralização do poder político.

7) Desde o ano de 1993 vários eventos vêm sendo realizados em rememoração da Revolta da Armada e da Revolução Federativa, as quais podem ser consideradas como:

a) representativas dos movimentos monárquicos restauradores do início da República.
b) projeção das diversas concepções republicanas existentes no país.
c) reações contra o Federalismo republicano, que defendia a eliminação da autonomia dos Estados.
d) reações de segmentos sociais emergentes do domínio oligárquico no Estado Republicano.
e) exemplo do confronto civilismo x militarismo, que caracterizaram o início da República.

8) Apesar da profunda rivalidade existente entre os grupos no interior do Exército no início da República, eles se aproximavam em um ponto fundamental:

a) Expressavam os interesses de uma classe social, defendendo uma República liberal com o Poder Executivo  descentralizado
b) Expressavam a opinião segundo a qual o Império deveria ser preservado, devendo entretanto  sofrer algumas reformas levemente descentralizadoras.
c) Não expressavam os interesses de todo um segmento social, pregando o estabelecimento de uma forma de Poder Executivo descentralizado e adaptado às peculiaridades regionais.
d) Expressavam os interesses de algumas oligarquias do Império, defensoras da autonomia das províncias.
e) Não expressavam os interesses de uma classe social, posicionando-se como adversários do liberalismo e defendendo a República, dotada de um Poder Executivo forte.

9) A República foi proclamada em 15 de novembro de 1889. Contudo, sua consolidação se fez pela violência de duas revoluções. Sobre o tema, assinale a alternativa correta:

a) No plano ideológico, defendiam os federalistas a necessidade de um poder central forte e limitada autonomia aos Estados.
b) Floriano Peixoto assumira o cargo de Presidente da República, na condição de vice-presidente eleito indiretamente pelo Congresso Nacional e se posicionou favoravelmente aos federalistas.
c) Desde o início, os rebeldes federalistas lutaram ao lado da Revolta da Armada, que se desenvolvia na Baía da Guanabara
d) Esquadras estrangeiras penetraram na Baía da Guanabara, buscando tardiamente apoiar a marinha de guerra do Brasil.
e) Embora Floriano Peixoto tenha sido alcunhado de "Consolidador da República", os choques armados continuaram na Presidência de Prudente de Morais e somente terminaram no Governo de Campos Sales.

10) Entre 1893 e 1895, o sul do Brasil foi palco de uma sangrenta guerra que colocou frente a frente republicanos jacobinos e positivistas contra os antigos liberais do regime monárquico. A violência das facções, o terror indiscriminado e sobretudo o apelo a chavões ideológicos como justificadores da ação bélica e repressiva antecipam as carnificinas do século XX cometidas em nome de ideais progressistas ou reacionários. FRANCO, Sergio da Costa. "A guerra civil de 1893". Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1993. 

A guerra civil descrita no texto foi

 a) Guerra do Contestado;
b) Revolta dos Mückers;
 c) Revolta da Armada
d) Revolução Federalista;
e) Revolução Farroupilha.

GABARITO:

1 B
2 A
3 B
4 C
5 A
6 B
7 D
8 E
9 A

10D

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A REPÚBLICA VELHA OU PRIMEIRA REPÚBLICA


A REPÚBLICA VELHA  OU PRIMEIRA REPÚBLICA É O PERÍODO QUE VAI DA PROCLAMAÇÃO (1889) A 1930.

PRIMEIRA  FASE  :   REPÚBLICA  DA  ESPADA  (1889-1894)





GOVERNOS  :

GOVERNO PROVISÓRIO DO MARECHAL DEODORO DA FONSECA  ( 1889-1891)

GOVERNO CONSTITUCIONAL DO MARECHAL DEODORO  DA FONSECA ( fevereiro a  novembro de 1891)

GOVERNO DO MARECHAL FLORIANO PEIXOTO (novembro de 1891 a 1894)




GOVERNO PROVISÓRIO DE DEODORO DA FONSECA :

FORTE INTERVENCIONISMO ( dissolução da Assembleia Nacional,deposição dos Presidentes de Províncias,fim dos partidos políticos,demissões e prisões.)
CRISE DO “ENCILHAMENTO” ( Política industrializante de Rui Barbosa alargou o crédito bancário e gerou um quadro de especulação financeira e inflação alta.)
-   CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES PARA O CONGRESSO NACIONAL CONSTITUINTE  (1890).




 Na República apenas 6% da população era constituída por eleitores, o que significa uma baixa representatividade política.



                   QUEM ERA  ELEITOR  NA  REPÚBLICA  VELHA

               HOMENS MAIORES DE 21 ANOS E  ALFABETIZADOS

               EXCLUÍDOS  :  MENDIGOS,SOLDADOS E RELIGIOSOS





GOVERNO  CONSTITUCIONAL  DE  DEODORO  DA  FONSECA

ELEITO PELO CONGRESSO CONSTITUINTE (ELEIÇÃO INDIRETA) TENDO COMO VICE, O MARECHAL FLORIANO PEIXOTO.


         INSTABILIDADE  POLÍTICA E  CRISE ECONÔMICA                         

              PRESIDENTE                    X                CONGRESSO  NACIONAL

CENTRALIZAÇÃO      X                FEDERALISMO


 Por não concordar com a Lei das Responsabilidades, aprovada pelo Legislativo e que limitava as  prerrogativas do Executivo,o Marechal  Deodoro da Fonseca fechou o Congresso Nacional  no dia 3 de novembro de 1891 e decretou estado de sítio.


A Armada reage, ameaça bombardear a capital federal e o temor de uma guerra civil faz o Presidente Deodoro da Fonseca renunciar,entregando o cargo ao seu vice Floriano Peixoto.


         GOVERNO  CONSTITUCIONAL  DE FLORIANO  PEIXOTO


PRIMEIRO NORDESTINO A ASSUMIR  A  PRESIDÊNCIA (nasceu em Maceió, Alagoas) , FOI RESPONSÁVEL PELA CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA.




 Floriano Peixoto começou depondo todos os Presidentes de Estados que tinham apoiado o golpe de Deodoro da Fonseca e respondendo ao “Manifesto dos 13 Generais”  que defendiam sua renúncia e novas eleições,decretou prisões e deportações para a Amazônia ( daí a expressão Marechal de Ferro.


Desarticulou a Segunda Revolta da Armada. Os rebeldes, entretanto, abandonam a capital e se deslocam em direção ao sul para dar apoio aos federalistas.

  
Derrotou os federalistas (“maragatos”) no Rio Grande do Sul.

Sua intervenção no Sul rebatizou a Ilha do Desterro com o nome de Florianópolis (1894).










sexta-feira, 5 de junho de 2015

TEXTOS SOBRE EPISÓDIOS IMPORTANTES DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA

Texto 1:    COMÍCIO DA  CENTRAL  DO BRASIL   (13/3/64)



No dia 13 de março de 1964, na Central do Brasil, o então Presidente João Goulart  ao lado de sua bela esposa  Maria Teresa e de importantes lideranças políticas como Leonel Brizola e Miguel Arraes , anunciava as reformas de base.  Cerca de 150 mil pessoas, um mar de bandeiras vermelhas e faixas que  reivindicavam , dentre outras coisas, a legalização do Partido Comunista e a realização de uma reforma agrária delineavam o cenário.  A direita logo tratou de responder ao que considerou  uma provocação da “República Sindicalista” como a própria imprensa golpista tratou de batizar o governo popular de Jango.  A “Marcha da Família com Deus pela  Liberdade, organizada pela TFP (Tradição,Família e Propriedade),  setores da Igreja, empresários e classe média conservadora de São Paulo desdobrou-se em várias manifestações contra o governo e  que tiveram início no dia 19 de março. Era a senha para o golpe militar desfechado a meio século e que instalou uma ditadura de vinte anos, responsável  pela tortura e morte de centenas de brasileiros.  Naquele momento, confirmava-se  a  tendência histórica de que sempre que se sente ameaçado o capitalismo flerta com o fascismo.     

Texto 2  :  CONGRESSO  CLANDESTINO  DA UNE


No   meio século  dos  “anos de chumbo”,  relembro aos   universitários que hoje  podem protestar dentro e fora do Campus, que  houve tempo que o  477 não dava mole.   Falo do Decreto-lei  477, de 26 de fevereiro de 1969, também chamado de” AI-5 das universidades”. Previa  afastamento de professores, funcionários e alunos considerados  “de esquerda”. Na prática, o rito era sumaríssimo.  Os professores atingidos  eram demitidos e ficavam impossibilitados  de trabalhar em qualquer instituição educacional  do país por cinco anos, ao passo que os estudantes  eram expulsos  e ficavam proibidos de cursarem  qualquer universidade por três anos. Apelidado ironicamente  de “Terceira Lei de Newton  depravada” pelo então Ministro da Educação e Cultura Coronel Jarbas Passarinho, o decreto 477 foi a dura resposta  do General Costa e Silva, à época o ditador plantonista, ao crescente debate político dentro das universidades e à atuação da UNE  que  organizava Congressos clandestinos (Ibiúna,São Paulo, entrou para a história),apoiava a guerrilha e colocava a massa estudantil na rua.   Em 1979, no esteio  da controversa  Lei da Anistia, o 477 disse seu tardio adeus. Aproveito o ensejo e reproduzo abaixo o júbilo e a satisfação com que a   porta voz da direita brasileira  estampou  a matéria de capa. 



TEXTO 3 :   A  MORTE  DO ESTUDANTE EDSON LUIS



No dia 28 de março de 1968, o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto foi assassinado por policiais militares, durante confronto no restaurante “Calabouço”, centro do Rio de Janeiro. Sua morte intensificou a reação do movimento estudantil contra a ditadura militar. O “Calabouço” era um restaurante vinculado ao Instituto Cooperativo de Ensino onde Edson Luís era regularmente matriculado. De lá os estudantes pretendiam seguir em passeata até o prédio da Embaixada dos EUA onde haveria um protesto contra o apoio norte-americano ao golpe militar ( com base na “Aliança para o Progresso”, defendida pelo então Presidente John Kennedy ) mas a intervenção policial impediu a caminhada. O corpo de Edson Luís foi levado pelos próprios colegas para ser velado no prédio da Assembleia Legislativa do Estado. No dia do seu sepultamento, os cinemas da Cinelândia indicavam em seus cartazes os seguintes filmes: “A Noite dos Generais, “À Queima- Roupa” e “Coração de Luto” e na missa de sétimo dia, a Igreja da Candelária ficou pequena para a quantidade de pessoas presentes. Na saída, ocorreu uma verdadeira batalha campal entre os estudantes e a cavalaria, com dezenas de jovens presos e feridos. No dia 4 de abril ,a histórica Passeata dos Cem Mil mostrou toda a indignação da Nação brasileira diante da repressão. “QUEM CALA MORRE CONTIGO, QUEM GRITA VIVE CONTIGO...” O verso é da canção “MENINO” que Milton Nascimento fez homenageando Edson Luís.
  

Texto 4  :    A TORTURA


A tortura, tanto física quanto psicológica, foi  um método funcional utilizado pelos agentes da repressão no interrogatório  de presos políticos.   Sabe-se, agora, que nunca houve “porões da ditadura”.   Das  “masmorras do inferno” todos sabiam, de simples policiais a altos comandantes.     Vladimir Herzog, jornalista e  militante do Partido Comunista, foi preso e submetido à “maricotinha” , uma espécie de  fio desencapado e bifurcado que   provocava   a violentos   choques  nos testículos.  Herzog morreu  nas  dependências do II COMANDO DO EXÉRCITO DE SÃO PAULO em 1975 e versão de suicídio por enforcamento em sua própria cela foi uma das maiores farsas que o regime militar arquitetou.  Ali também morreria sob tortura  o operário Manoel Fiel Filho.   O  então Presidente  Geisel, tentando emplacar  a abertura política exonerou  o General   Ednardo  D’Villa Melo   que, à época, era o  Comandante em São Paulo.   A ditadura militar criou um Estado delinquente e marcado pelo terror. “Pra Frente Brasil” é um filme nacional produzido em 1983 e disponível no YOUTUBE que retrata a questão da tortura em plena Copa do Mundo de 1970. Vale a pena conferir.


Texto 5  :    CASO ZUZU ANGEL 




A ditadura militar que destruiu a democracia brasileira  e que agora completa 50 anos  de história, produziu dramas pessoais muito intensos. Um deles foi vivido pela estilista Zuzu Angel. Seu filho,  Stuart Jones, então estudante de economia  e integrante do MR-8, foi preso em 1971 , torturado até  a morte nas dependências  do Centro de  Informações da Aeronáutica(CISA) que funcionava no aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro e dado como “desaparecido” pelas autoridades.  Começava aí a Via Crucis de Zuzu para  recuperar o corpo do filho , envolvendo inclusive a diplomacia dos EUA, país de seu ex-marido  e pai de Stuart. O anjo ferido e amordaçado , estampado nas  suas produções ,tornou-se o símbolo do filho assassinado. O caso Zuzu Angel teve repercussão internacional e suscitou protestos em vários países. Foram anos em  busca do corpo do filho, sem poder  dar-lhe  um sepultamento. Na madrugada do dia 14 de abril de 1976, num acidente de carro na Estrada  da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (Estrada Lagoa-Barra), Rio de Janeiro,hoje batizado com seu nome, Zuzu Angel morreu. Seu carro, um Karmann Guia  supostamente derrapou na saída do túnel e saiu da pista, chocando-se contra a mureta  e despencando de uma altura de 5 metros. Uma semana antes do acidente, Zuzu deixara  na casa de Chico Buarque  de Hollanda um documento  que deveria ser publicado  caso algo lhe acontecesse, em que escreveu: “ Se eu aparecer morta,por acidente ou outro meio,terá sido obra dos assassinos  do meu amado filho.”  Depoimentos prestados à Comissão da Verdade dão conta que seu carro foi, na verdade, fechado por outro e jogado fora  da pista,caindo estrada abaixo. Minutos depois do acidente, a área já estava totalmente interditada e nenhuma testemunha pode ser ouvida.

Texto 6  :   O SEQUESTRO DO EMBAIXADOR



Uma  das  ações  mais  consistentes  da  luta armada contra o regime militar   foi protagonizada pelo MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro) em conjunto com a ANL (Ação Libertadora Nacional) :   o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, fato ocorrido no dia 4 de setembro de 1969.  Inicialmente, a ideia era empreender uma ação ousada e eficaz o suficiente para libertar o principal líder estudantil , Vladimir Palmeira. Mas, os guerrilheiros  tiveram, por acaso, conhecimento de que o trajeto de Elbrick de sua casa para  a embaixada era sempre o mesmo todos os dias e que sendo tomado como refém  seria possível “trocá-lo” por Vladimir.  A ação não durou mais do que vinte minutos  e não deixou feridos, salvo uma coronhada de revólver  na testa do embaixador  pois  o mesmo teria esboçado alguma resistência.  Eram  14h30 , na Rua Marques, bairro do Humaitá, Rio de Janeiro, quando  um Volks  emparelhou  o Cadillac  do diplomata e quatro guerrilheiros saíram  armados  rendendo  Elbrick com o  motorista e  seguindo no  Cadillac. Numa rua adjacente, libertaram o motorista e deixaram uma correspondência onde solicitavam  a libertação de quinze presos políticos.  Em seguida  entraram numa Kombi,  seguiram  pelo Túnel Rebouças e  chegaram até a residência de número  1026  da rua Barão de  Petrópolis, no bairro do Rio Comprido, local onde Elbrick ficou preso  por quase uma semana.  O hoje deputado federal Fernando Gabeira ( “sem Partido”)  foi um dos  sequestradores  e até hoje tem visto de entrada negado pelos EUA, sendo considerado terrorista. Inclusive Gabeira  descreve com detalhes a ação em seu livro “O Que É Isso, Companheiro  ? “ que foi adaptado para o cinema e serviu de inspiração para a minissérie “Anos Rebeldes”,exibida pela TV nos anos 90. O saldo da ação foi  totalmente positivo.  Elbrick   disse ter sido bem tratado no cativeiro  e ainda presenteado  com um LP de Chico Buarque.  Ironicamente, dois protagonistas desse  episódio seguiram caminhos diferentes.  Gabeira votou no candidato da direita nas últimas eleições  e José Dirceu, um dos 15 presos libertados, está agora novamente  preso em função do julgamento político e discricionário movido pelo STF .  Agora, pergunta onde estava o “Padim Cerra”  naquela ocasião ? Jantando num  típico bistrô parisiense  com  Fernando Henrique Cardoso numa espécie de “exílio voluntário”.  Nos 50 anos do golpe, refrescar a memória nacional  funciona como uma espécie de antídoto.  “O que é isso companheiro” ? , baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, retrata esse momento. Vale a pena conferir.




Texto 7  :   A  GUERRILHA  DO ARAGUAIA 

(Cena do filme “Araguaia”.  Vale a pena conferir.)

A Guerrilha do Araguaia foi um dos momentos mais dramáticos e  não menos  amador da luta armada contra o regime militar implantado em 1964.  Numa região de difícil acesso no extremo norte do Brasil, militantes do PC do B deram início, em 1968, ao que  seria  a  guerrilha rural desse País. Ainda hoje  o episódio é pouco conhecido da maioria do povo brasileiro e obscuro em muitos aspectos, tornando-se quase um  épico.  Desestabilizar o Estado fascista e implantar a Revolução Socialista eram  os objetivos dos guerrilheiros.  A maioria dos que combateram no Araguaia era formada por ex-estudantes  universitários  e profissionais liberais, contabilizando cerca de 80 pessoas dispostas a pegar em armas para derrubar a ditadura. Dentre suas lideranças, destacavam-se   João Amazonas, dirigente máximo do PC do B; Maurício Grabois , Elza Monnerat  e Osvaldo  Orlando da Costa (“Osvaldão”), um gigante negro boxeador e formado em engenharia de minas na então Thecoslováquia.   Em 1972, no governo do General Médici, os serviços de inteligência do Exército  , com base numa fuga, uma desistência e duas prisões efetuadas em Fortaleza e São Paulo, descobriram a existência da guerrilha.  As operações militares tanto por terra quanto por  uso de helicópteros chegaram a mobilizar quase sete  mil homens em pouco mais de dois anos.  A correlação de forças foi extremamente  desigual , a adesão da desconfiada  população local ao movimento foi aquém do esperado e o que se viu foi um verdadeiro massacre contra pouco mais de 100 pessoas.  Assim, em 1973, a guerrilha  já estava totalmente extinta.Um saldo  de   60 guerrilheiros mortos, cerca de 2/3 deles  assassinados após  captura e tortura; corpos queimados para apagar vestígios; dedos das mãos e arcadas dentárias  arrancadas; uso de ácido para desfigurar os rostos; cadáveres jogados nos rios em sacos plásticos impermeáveis  cheios de pedra com peso  calculado, depois de terem a barriga aberta  para evitar que inchassem e flutuassem. Tais métodos do que ficou conhecido como “Operação Limpeza” foram revelados à Comissão da Verdade  pelo ex- Coronel reformado  Paulo  Malhães , um dos comandantes da repressão à guerrilha, integrante do CIE (Central de Informações do Exército), envolvido nos  assassinatos  e desaparecimentos na Casa da Morte, centro clandestino de tortura em Petrópolis,no Rio, e no “desaparecimento”  do deputado federal Rubens Paiva em 1971.  Em 2009, a OEA (Organização dos Estados Americanos)  abriu uma ação contra o governo brasileiro  por detenção arbitrária, tortura e desaparecimento  de pelo menos  70 pessoas  - entre guerrilheiros e moradores da região e condenou  o Estado brasileiro  por usar a Lei da Anistia  como pretexto  para não julgar os oficiais envolvidos  na repressão.   Dois dos  protagonistas desse movimento  guerrilheiro  tiveram destinos diferentes:   o ex-deputado José Genoíno,um dos sobreviventes,encontra-se hoje com sérios problemas de saúde mas continua  preso para satisfazer  ao  arbítrio do STF  e “Osvaldão”, capturado  em janeiro de 1974, teve seu corpo pendurado num helicóptero com as vísceras à mostra (a barriga foi rasgada) e mostrado em  sobrevoo pelos povoados da região.  Decapitado e enterrado em lugar ignorado, é considerado “desaparecido” político.  Agora, pergunta onde estava a turma que hoje posa de oposição ao governo popular de Dilma e fica nos subterrâneos organizando marcha a favor da volta da ditadura  ?    Relembrar os fatos do Brasil dos Generais funciona como uma espécie de soro antiofídico. 


Texto 8  :   A IMPRENSA  ALTERNATIVA


Houve um  tempo em  que a  imprensa só desinformava porque não podia informar diferentemente de hoje que ela tem toda a liberdade para informar  mas insiste em deformar. Bom... mas   avanços estão acontecendo para acabar o monopólio daquele estúdio gringo que,em 1965, sofreu um incêndio,perdas e danos e etc.e  tal e a ditadura ,interessada num porta-voz de peso ,deu asas e hoje é o Leviatã das comunicações.    No regime militar, a grande imprensa  , subserviente e inoperante , só servia de sustentáculo ao  “establishment” .  Nessas entrelinhas, os pequenos jornais  consentidos ou clandestinos ( apelidados pejorativamente de imprensa nanica) ,  ricos em caricaturas,tirinhas, charges, mensagens cifradas, codinomes, signos , entrevistas com temas polêmicos, agenda cultural enviesada, artigos apócrifos, textos   e  códigos ideológicos  vingavam-se, em parte, da censura burra e mantinham acesa a chama da contracultura  e, sobretudo, da liberdade de imprensa  com ética jornalística como deve ser em qualquer democracia.  Nos 50 anos do golpe militar e num momento em que a pluralidade de informação  encontra-se comprometida em virtude dos monopólios, a cidadania brasileira lembra um ícone da imprensa que resistiu por compromisso e coragem  aos  “anos de chumbo”   



Texto 9  :   O  ATENTADO  AO  RIOCENTRO




O  General Figueiredo deu  continuidade à “distensão lenta, gradual e segura” iniciada pelo seu antecessor,o Presidente  Geisel.  No entanto, a abertura política encontrava ainda grande resistência no interior da caserna.  A chamada “ linha-dura” do regime militar não via com bons olhos  a devolução do poder político aos civis e  silenciosamente arquitetava ações que sabotassem  a abertura.  Uma dessas ações entrou para a história como Atentado do Riocentro e ocorreu  no dia 30 de abril de 1981, por volta das 21 horas  nas adjacências  do Ginásio Riocentro, na capital fluminense por ocasião de um  show musical em homenagem ao dia do trabalhador e organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores).  Bombas de alto teor explosivo  seriam plantadas  no local do show  pelo sargento Guilherme  Pereira do Rosário  e pelo capitão  Wilson Dias Machado.  No entanto, uma das bombas explodiu  dentro do carro – um Puma cinza  metálico  placa OT-0297 – onde estavam os dois militares , no estacionamento do Riocentro.  O artefato  , que seria instalado no prédio, explodiu antes da hora , matando o sargento e ferindo gravemente o capitão.   O governo militar logo tentou imputar o atentado à “esquerda radical”.  Investigações posteriores indiciaram  quatro oficiais, incluindo o então General Newton Cruz, um ex-chefe da  Agência Central do SNI (Serviço Nacional de Informações).  Em 4 de maio de  1999, depois de um nebuloso inquérito, o caso Riocentro foi  arquivado pelo ministro civil do STM ( Superior Tribunal Militar), Carlos Alberto Marques  Soares. Segundo seu parecer  ,o poder de punição do Estado  teria cessado, ou seja,mesmo que surgissem  novas provas, de nada adiantaria  já que jurisprudência do STM  enquadrou o caso na discutível Lei da Anistia . O frustrado atentado do Riocentro permite duas conclusões: a primeira é que o fato demonstrou, à época, que o meio militar encontrava-se dividido em relação aos rumos políticos do País e o  inconsequente comportamento da linha-dura mostrava claramente a decadência do regime; a outra é a percepção de que a direita é especialista em infiltrar bandidos em manifestações pacíficas, plantar falsas provas para incriminar cidadãos que lutam por direitos e assassinar a liberdade  mesmo que o preço seja matar pessoas inocentes.


Texto 10  :  O ATENTADO À OAB (RJ)



No dia 27 de agosto de 1980, uma carta bomba  destinada ao então presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) seccional Rio de Janeiro, Eduardo Seabra  Fagundes explodiu às 14 :00 horas  nas mãos da secretária da instituição Lyda  Monteiro, matando-a.  Sua morte decorreu, portanto, de um atentado terrorista. No mesmo dia,  mais duas cartas bombas  foram entregues no Rio de Janeiro : uma no gabinete do  vereador Antonio Carlos Carvalho(PMDB) e outra na sede do jornal Tribuna da Imprensa  e que foram desativadas a tempo.  À época  inquéritos foram abertos  mas nada foi apurado e os episódios continuam impunes,mais de três décadas depois. A Comissão da Verdade investiga a conexão provável entre o atentado da OAB e o atentado do Riocentro, ocorrido um ano depois.  Fica claro, portanto, que além das atrocidades cometidas, o Estado terrorista implantado em 1964 anulou a Justiça, perseguiu entidades da sociedade civil organizada  e cobriu com o manto da impunidade assassinatos. 

Texto 11  :   DA DITADURA À DEMOCRACIA 



50 anos atrás, numa terça-feira que duraria 20 longos anos,   João Goulart  recebeu a notícia de que o Congresso Nacional declarara a vacância do cargo de Presidente da República e que seria preso a qualquer momento.  Jango seguiu, então, de Brasília para Porto Alegre e de lá para o exílio. Único brasileiro a não mais voltar ao Brasil depois do golpe, João Goulart foi também o último Presidente (no caso, vice) eleito pelo voto livre, direto e secreto dos brasileiros.  Depois dele, cinco generais governaram com mão de ferro o Brasil, centenas de cidadãos brasileiros foram presos, torturados ou “desapareceram”, a dívida externa do País  aumentou trinta e seis vezes seu valor nominal, o Congresso foi fechado pelo menos três vezes, dezenas de políticos legitimamente eleitos foram cassados  e a imprensa empastelada. A ditadura militar  só beneficiou o  capital e os seus agentes internos e externos, acobertando a corrupção e calando toda oposição.  A transição para a democracia  foi um longo caminho iniciado em 1985 com a eleição de Tancredo Neves e definitivamente concluído  com a promulgação da atual Constituição em 1988. A partir daí, tivemos  a volta das eleições diretas para todos os cargos eletivos, o impeachment  de um Presidente, a eleição de um operário  e de uma  ex-guerrilheira  , presa   e torturada  pelos agentes da repressão como Presidentes da República, situações que SÓ  UMA  VERDADEIRA  DEMOCRACIA É CAPAZ DE PRODUZIR. Nos 50 anos do golpe militar, fica a lição de que  o verdadeiro Estado Democrático de Direito só pode ser consolidado com respeito à soberania popular, expressa  através das urnas.


Texto 12  :   A MPB  E  A  DITADURA  MILITAR


Na década de 60, a censura tentou calar quem tinha algo a falar. Mas alguns músicos acharam uma brecha e deixaram para a posteridade seu pesar. Um dos mais ilustres artistas militantes foi Chico Buarque. Junto com outro grande músico, Milton Nascimento , compuseram uma música que reflete bem a situação da época. “Cálice” traz referências ao Santo Cálice de Cristo e a uma passagem bíblica (Pai, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue), mas é uma metáfora com o verbo “calar”. Foi a forma que os músicos acharam de dizer ao mundo que a liberdade de expressão estava cassada no Brasil.

Outro grande expoente do período foi o músico Geraldo Vandré. Geraldo compôs “Pra não dizer que não falei das flores”, um hino contra a ditadura. Nessa canção, Geraldo enfatizava as injustiças (pelos campos há fome em grandes plantações), destacava a presença do exército nas ruas (Há soldados armados, amados ou não) e convocava as pessoas para se unirem na luta contra a ditadura (Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer). Geraldo foi preso, torturado e exilado, mas “Caminhando” (como ficou popularmente conhecida) é um clássico da música popular brasileira e, com certeza, deve incomodar até hoje. A “flor” da canção é uma referência ao movimento “Flower Power” que surgiu nos Estados Unidos. Pregava a não violência contra os povos e foi teorizado depois da Guerra do Vietnã em 1959.

Em 1979, João Bosco e Aldir Blanc compuseram “O bêbado e a equilibrista”, que fala sobre os exilados. É um retrato do Brasil no final do período ditatorial, com mães chorando (Choram Marias e Clarisses) pela falta de seus filhos, os “Carlitos” tentando sobreviver (alusão a um personagem de Charles Chaplin. Representa a população que, mesmo oprimida, ainda consegue manter o bom humor) e a equilibrista (nossa esperança, se equilibrando e sobrevivendo).

Várias outras músicas também confrontaram o regime militar. “Panis et Circenses” (de Caetano e Gil), “Apesar de você” (Chico Buarque) e “Cartomante” (de Ivan Lins e Victor Martins). Vale a pena conferir.


Texto 13  :   O AI- 5


Em 1968, o deputado emedebista Márcio Moreira Alves subiu à tribuna do Congresso e conclamou o povo brasileiro a boicotar o desfile “cívico-militar” em protesto ao regime e  curiosamente, inspirando-se num drama grego chamado Lisístrata, recomendou que as moças evitassem dançar com militares. A “terrível ofensa” levou Costa e Silva a solicitar do Congresso uma licença para enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional. O Congresso, mesmo fragilizado ,não quis abrir precedentes alegando em vão o cumprimento da legalidade que embasa a vida dos três poderes da República. No dia 13 de dezembro o ditador baixou a mais dacroniana das leis brasileiras. O Congresso foi posto em recesso, centenas de cassações ,suspensão das liberdades individuais e coletivas e ao suprimir o habeas corpus, deu legitimidade a sequestros,torturas,ocultação de cadáveres. O AI-5 quase extinguiu o Supremo Tribunal Federal. Foi revogado dez anos depois na abertura política iniciada com o General Ernesto Geisel   











terça-feira, 2 de junho de 2015

PRIMEIRO SIMULADO DO BLOG - JUNHO/2015.

TESTE  SEUS  CONHECIMENTOS  PARA O  DESAFIO  DO  ENEM !

CIÊNCIAS  HUMANAS (HISTÓRIA,SOCIOLOGIA E  FILOSOFIA)    TOTAL:  40 QUESTÕES

CONFIRA  O  GABARITO  NO  FINAL  DO SIMULADO !


1)  O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão:

“Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo. Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange, acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos envenenados”.

Identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Voltaire.

A)  Aquele que se pauta pela razão e pela verdade não é um sábio, pois corre um risco desnecessário.
B)  A razão é impotente diante do fanatismo, pois esse sempre se impõe sobre os seres humanos.
C)  Aquele que se orienta pela razão e pela verdade deve munir-se da coragem para enfrentar o obscurantismo e o fanatismo.
D)  O fanatismo e o obscurantismo são coisas do passado e por isso a razão não precisa mais estar alerta.
E)  A razão envenena o espírito humano com o fanatismo.

2)   "A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão teria grande repercussão no mundo inteiro. Este documento é um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. Os homens nascem e vivem livres e iguais perante a lei, dizia seu primeiro artigo; mas também prevê a existência de distinções sociais, ainda que somente no terreno da utilidade comum ..." Assinale a alternativa que identifica um dos artigos da Declaração que prevê a distinção a que o texto se refere.

a) "A propriedade privada é um direito natural, sagrado, inalienável e inviolável."

b) "Os cidadãos de conformidade com suas posses devem contribuir com as despesas da administração pública."
c) "A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de força pública que deve ser instituída em benefício de todos..."
d) "A lei só tem direito de proibir as ações que sejam prejudiciais à sociedade."
e) "Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, mesmo religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública...".

3)  Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram , Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa. Mar Português. Obra poética, 1960. Adaptado.)

 Entre outros aspectos da expansão marítima portuguesa a partir do século XV, o poema menciona

(A) o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na principal potência europeia por quatro séculos.
(B) o reconhecimento do papel determinante da Coroa no estímulo às navegações e no apoio financeiro aos familiares dos navegadores.
(C) a crença religiosa como principal motor das navegações, o que justifica o reconhecimento da grandeza da alma dos portugueses.
(D) a percepção das perdas e dos ganhos individuais e coletivos provocados pelas navegações e pelos riscos que elas comportavam.
(E) a dificuldade dos navegadores de reconhecer as diferenças entre os oceanos, que os levou a confundir a América com as Índias.

4) Entre as diferenças políticas que levaram o Norte e o Sul dos Estados Unidos à Guerra Civil, em 1861, podemos citar

(A) a disputa pelo mercado consumidor europeu de matérias primas e pelo mercado consumidor latino-americano de manufaturados.
(B) a disputa em relação às terras do Oeste, que vinham sendo conquistadas e gradualmente incorporadas à União.
(C) o apoio nortista às lutas pela independência de Cuba e a rejeição sulista às emancipações políticas no Caribe.
(D) a anexação de terras do México por estados do Norte e a defesa sulista da autonomia e da soberania territorial mexicana.
(E) o esforço de expansão para o Sul e o consequente estabelecimento de hegemonia norte-americana sobre a América Latina.

5) A proclamação da República não é um ato fortuito, nem obra do acaso, como chegaram a insinuar os monarquistas; não é tampouco o fruto inesperado de uma parada militar. Os militares não foram meros instrumentos dos civis, nem foi um ato de indisciplina que os levou a liderar o movimento da manhã de 15 de novembro, como tem sido dito às vezes. Alguns deles tinham sólidas convicções republicanas e já vinham conspirando há algum tempo [...]. Imbuídos de ideias republicanas, estavam convencidos de que resolveriam os problemas brasileiros liquidando a Monarquia e instalando a República.
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república, 1987.)

O texto identifica a proclamação da República como resultado

(A) da unidade dos militares, que agiram de forma coerente e constante na luta contra o poder civil que prevalecia durante o Império.
(B) da fragilidade do comando exercido pelo Imperador frente às rebeliões republicanas que agitaram o país nas últimas décadas do Império.
(C) de um projeto militar de assumir o comando do Estado brasileiro e implantar uma ditadura armada, afastando os civis da vida política.
(D) da disseminação de ideais republicanos e salvacionistas nos meios militares, que articularam a ação de derrubada da Monarquia.
(E) de uma conspiração de civis, que recorreram aos militares para derrubar a Monarquia e assumir o controle do Estado brasileiro.

6)  Os protestos que tomaram as ruas do Brasil durante o mês de junho de 2013 foram originalmente motivados por problema que aflige grande parte da população que vive nas grandes cidades do país, a saber,

(A) o aumento do desemprego e a precarização do trabalho.
(B) o alto custo e a má qualidade do sistema público de saúde.
(C) o aumento da violência urbana e o alto custo da segurança pública.
(D) a falta de vagas na educação básica e a precarização do sistema público de ensino.
(E) o alto custo e a má qualidade do sistema público de transporte.


7) Leia a notícia.

Um grupo de indígenas que protestava contra a mudança no processo de demarcação de terras cercou nesta quinta-feira [18.04.2013] o Palácio do Planalto. De acordo com um dos representantes do movimento, Neguinho Tuká, a população indígena não foi ouvida durante o processo de elaboração da PEC 215 e teme perder suas terras com as mudanças. “Índio sem terra não tem vida”, declarou o coordenador das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Marcos Apurinã. “Não aceitamos e não vamos aceitar mais esse genocídio.” O grupo é o mesmo que, na última terça-feira, 16, invadiu o plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra a PEC 215, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil. (http://ultimosegundo.ig.com.br. Adaptado.)

São processos que vêm contribuindo para o acirramento da tensão social envolvendo a população indígena no campo brasileiro:
(A) o avanço das atividades agrícolas, mineradoras e pecuárias de grande porte; a instalação de usinas hidrelétricas em terras indígenas; e a permanência da concentração de terras no país.
(B) a expansão da reforma agrária; o aumento do desemprego no campo; e a ausência de políticas de assistência social destinada à população indígena.
(C) o avanço das atividades agrícolas, mineradoras e pecuárias de grande porte; a expansão da reforma agrária; e a reivindicação da população indígena de direitos não previstos na Constituição Federal.
(D) a expansão da reforma agrária e da agricultura familiar; a instalação de usinas hidrelétricas em terras indígenas; e a permanência da concentração de terras no país.
(E) a expansão da agricultura familiar no país; o aumento do desemprego no campo; e a ausência de políticas de assistência social destinada à população indígena.

8) A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete. (André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.)

A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria

(A) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de emancipação racional da humanidade.
(B) maquiavélica, que postula o encontro da virtude com a fortuna como princípios básicos da geopolítica.
(C) política de Rousseau, para quem a submissão à vontade geral é condição para experiências de liberdade.
(D) teológica de Santo Agostinho, que considera que o processo de iluminação divina afasta os homens do pecado.
(E) política de Hobbes, que conceitua a competição e a desconfiança como condições básicas da natureza humana.

9) Segundo Franz Boas, as pessoas diferem porque suas culturas diferem. De fato, é assim que deveríamos nos referir a elas: a cultura esquimó ou a cultura judaica, e não a raça esquimó ou a raça judaica. Apesar de toda a ênfase que deu à cultura, Boas não era um relativista que acreditava que todas as culturas eram equivalentes, nem um empirista que acreditava na tábula rasa. Ele considerava a civilização europeia superior às culturas tribais, insistindo apenas em que todos os povos eram capazes de atingi-la. Não negava que devia existir uma natureza humana universal ou que poderia haver diferenças entre as pessoas de um mesmo grupo étnico. O que importava para ele era a ideia de que todos os grupos étnicos são dotados das mesmas capacidades mentais básicas. (Steven Pinker. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana, 2004. Adaptado.)

Considerando o texto, é correto afirmar que, de acordo com o antropólogo Franz Boas,

(A) os critérios para comparação entre as culturas são inteiramente relativos.
(B) a vida em estado de natureza é superior à vida civilizada.
(C) as diferenças culturais podem ser avaliadas por critérios universalistas.
(D) as diferenças entre as culturas são biologicamente condicionadas.
(E) o progresso cultural é uma ilusão etnocêntrica europeia.


10)  "Religião sempre foi um negócio lucrativo." Assim começa uma reportagem da revista americana Forbes sobre os milionários bispos fundadores das maiores igrejas evangélicas do Brasil. A revista fez um ranking com os líderes mais ricos. No topo da lista, está o bispo Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, segundo a revista. Em seguida, vem Valdemiro Santiago, com R$ 400 milhões; Silas Malafaia, com R$ 300 milhões; R. R. Soares, com R$ 250 milhões, e Estevan Hernandes Filho e a bispa Sônia, com R$ 120 milhões juntos. A Forbes também destaca o crescimento dos evangélicos no Brasil – de 15,4% para 22,2% da população na última década –, em detrimento dos católicos. Hoje, os católicos romanos somam 64,6% da população, ou 123 milhões de brasileiros. Os evangélicos, por sua vez, já somam 42 milhões, em uma população total de 191 milhões de pessoas.
(Forbes lista os seis líderes milionários evangélicos no Brasil. uol.com.br, 19.01.2013. Adaptado.)

 Os fatos descritos na reportagem são compatíveis filosoficamente com uma concepção

A) teológico-protestante, baseada na valorização do sacrifício pessoal e da prosperidade material.
(B) kantiana, que preconiza a possibilidade de se atingir a maioridade intelectual.
(C) cartesiana, que pressupõe a existência de Deus como condição essencial para o conhecimento racional.
(D) dialético-materialista, baseada na necessidade de superação do trabalho alienado.
(E) teológico-católica, defensora da caridade e idealizadora de virtudes associadas à pobreza.

11) Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade permite reparti-las facilmente no escritório. (Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. A indústria cultural como mistificação das massas.
                                                          (In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.)

 O tema abordado pelo texto refere-se

(A) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa
(B) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa
(C) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais.
(D) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo.
(E) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento.

12) Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.
(Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo,

(A) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.
(B) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.
(C) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.
(D) pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a política da Inglaterra.
(E) pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma  administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.


13) As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e sim matérias-primas.
                             (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

 O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida quando

(A) portugueses e espanhóis libertaram suas colônias africanas e permitiram que elas comercializassem marfim, café e outros produtos livremente com o resto do mundo.
(B) norte-americanos passaram a estimular a independência das colônias africanas, para ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentícios.
(C) ingleses e holandeses estabeleceram amplo comércio escravista entre os dois litorais do Atlântico Sul.
(D) ingleses e franceses buscaram resinas, tinturas e outros produtos na África e desestimularam o comércio escravista.
(E) portugueses e espanhóis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da África.


14) Os caminhões rodando, as carroças rodando, Rápidas as ruas se desenrolando, Rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos... E o largo coro de ouro das sacas de café!... Na confluência o grito inglês da São Paulo Railway... Mas as ventaneiras da desilusão! a baixa do café!...
                              (Mário de Andrade. Paisagem n° 4. Poesias completas, 1987.)
 2015 assinala  as comemorações dos 70 anos da morte  de Mário de Andrade. O poema acima, escrito em 1922, revela características da cidade de São Paulo na época. Entre elas, podemos citar

(A) o desinteresse dos cafeicultores em controlar o preço do café no mercado internacional.
(B) o limitado crescimento econômico, que eliminou o peso e a influência da capital paulista nas decisões do governo federal.
(C) a harmonização social, após o período de revoltas sociais do início da República.
(D) a hegemonia do capital estrangeiro, que impedia o crescimento da burguesia nacional.
(E) a persistência de aspectos tradicionais durante o processo de modernização e reurbanização.


15) Eu acho que a anistia foi a solução, mas ela não foi completa. Quer dizer, não podiam ser anistiados aqueles que mataram torturando, porque esse é um crime inafiançável. Quem mata calmamente, friamente, tem de sofrer um processo e tem de sofrer também as consequências do seu ato. Isso nunca foi executado no Brasil como foi executado na Argentina com todos os generais. O Brasil fez uma anistia pela metade, mas nós ficamos contentes porque não houve derramamento de sangue.
               (D. Paulo Evaristo Arns ex-Arcebispo de São Paulo Cult, março de 2004.)

Segundo a declaração de D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo entre 1970 e 1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979,

(A) perdoou opositores e defensores do regime militar e, a despeito de suas imperfeições, impediu confrontos e mortes entre setores políticos rivais.
(B) inspirou-se na lei de anistia argentina, que julgou e condenou militares que mataram e torturaram durante o regime militar.
(C) foi inútil, uma vez que não puniu aqueles que atuaram, durante o regime militar, nos órgãos de repressão política e policial.
(D) foi equivocada, pois determinou o posterior levantamento, análise e julgamento dos crimes cometidos durante o período do regime militar através da Comissão da Verdade.
(E) beneficiou os opositores do regime militar e condenou aqueles que os reprimiram por meio da violência e da tortura.
]
16) [...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império [...] ainda continham escravos.
                           (Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)

A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores,

 (A) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção ao Brasil.
 (B) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos
 (C) à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
 (D) à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho na lavoura do café.
 (E) à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional.

17) Observe a charge.


 Em 1977, o Regime Militar, por meio da Agência Nacional de Comunicação, lançou uma propaganda que ensinava a população a fazer um cata-vento verde e amarelo e convocava-a a sair às ruas com esses brinquedos para comemorar a Semana da Pátria. Por meio de uma charge, o cartunista Henfil ironizou essa iniciativa do governo, sublinhando um outro problema enfrentado pelo país nessa época.                                                               (IstoÉ,19.10.1977. Adaptado.)

Considerando o contexto histórico no qual a charge se insere, é correto afirmar que o cartunista chamava a atenção  para

(A) a alienação social frente à falta de planejamento econômico.
(B) o gasto excessivo do governo no setor da energia eólica.
(C) a falta de investimento público no setor de transporte.
(D) os impactos ambientais em decorrência da mecanização.
(E) a abertura econômica do país ao capital estrangeiro.

18) Ao abordar, em 1542, o modo pelo qual os espanhóis conquistaram a América, o frei Bartolomé  de Las Casas escreveu:

A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi unicamente não terem outra finalidade última senão o ouro, para enriquecer em pouco tempo, subindo de um salto a posições que absolutamente não convinham a suas pessoas; enfim, não foi senão sua avareza que causou a perda desses povos indígenas, que por serem tão dóceis e tão benignos foram tão fáceis de subjugar; e quando os índios acreditaram encontrar algum acolhimento favorável entre esses bárbaros, viram-se tratados pior que animais e como se fossem menos ainda que o excremento das ruas; e assim morreram, sem Fé nem Sacramentos, tantos milhões de pessoas.

( Brevíssimo relato da destruição das Índias Ocidentais. Porto Alegre: LP & M, 1984.)

 É correto afirmar que, no documento acima, o autor critica

a) a subversão social e religiosa provocada com o ouro conseguido pelos conquistadores.
b) a presença dos missionários espanhóis na América.
c) o fato de os índios, bárbaros que eram, terem morrido sem serem catequizados.
d) a resistência armada dos indígenas à invasão espanhola.
e) a falta de mão de obra para a exploração colonial espanhola.

19) Dentre as características do apartheid, que vigorou na África do Sul entre 1948 e 1994, destacou-se a

a) prática de um racismo informal contra a população negra, sem a construção de um quadro legal segregacionista.
b) ditadura militar, que impedia a realização de eleições diretas e proibia a formação de partidos políticos.
c) concessão de direitos civis à população negra, porém com a interdição de seus direitos políticos.
d) incorporação da população negra às zonas habitadas por brancos, com o objetivo de facilitar seu controle social.
e) segregação institucionalizada da população negra, formalizada em um conjunto orgânico de leis.

20) Com o fim do regime militar, as eleições do presidente da República do Brasil passaram a ser diretas e em dois turnos, tendo ocorrido, desde então, vários pleitos sob essa regra.

 Após a redemocratização, a eleição presidencial de 2014 – cujo primeiro turno ocorreu em 3 de outubro – é

a) terceira.
b) quarta.
c) quinta.
d) sexta.
e) sétima

21 )  Na atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos.  Na Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando  predominaram

a) a liberdade e o individualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeito à privacidade.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.

22 )   A atividade extrativista desenvolvida na Amazônia, durante o período colonial, foi importante, porque

a) garantiu a ocupação da região e aproveitou a mão de obra indígena local.
b) reproduziu, na região, a estrutura da grande propriedade monocultora.
c) gerou riquezas e permitiu a abertura de estradas na região.
d) permitiu a integração do norte do Brasil ao contexto andino.
e) inviabilizou as aspirações holandesas de ocupação da floresta.

23) “Deus castigou esta terra com dez pragas muito cruéis por causa da dureza e obstinação de seus moradores [...]. A primeira dessas pragas foi que, num dos navios, veio um negro atacado de varíola, uma doença que nunca tinha sido vista nessa terra.”
                                    (Motolinía. Memórias das coisas da Nova Espanha. )

A respeito desse relato do franciscano  Motolinía, sobre a conquista da cidade do México pelos espanhóis, em 1520, pode-se concluir que

a) os religiosos europeus justificavam a conquista das populações indígenas por serem geneticamente frágeis.
b) os povos indígenas adotavam táticas cruéis de guerra que incluíam a disseminação de epidemias entre os conquistadores.
c) os astecas foram dominados pelos espanhóis por meio de uma estratégia que evitou a guerra, mas disseminou epidemias mortíferas.
d) as epidemias tornaram-se uma forma eficiente de dominação empregada pelos europeus na conquista das terras indígenas.
e) as epidemias originárias da África dizimaram parte do exército dos conquistadores espanhóis e dos indígenas mexicanos.

24)  Da Independência dos Estados Unidos (1776), da Revolução Francesa (1789) e do processo de independência na América Ibérica (1808-1824), pode-se dizer que todos esses movimentos

a) decidiram implementar a abolição do trabalho escravo e da propriedade privada.
b) tiveram início devido à pressão popular radical e terminaram sob o peso de execuções em massa.
c) conseguiram, com o apoio da burguesia ilustrada, viabilizar a revolução industrial.
d) adotaram ideias democráticas e defenderam a superioridade do homem comum.
e) sofreram influência das ideias ilustradas, mas variaram no encaminhamento das soluções políticas.

25) Sobre a Lei de Terras, decretada no mesmo ano (1850) da Lei Eusébio de Queirós, que suprimiu o tráfico negreiro, é correto afirmar que

a) dificultava o acesso dos ex-escravos à propriedade da terra, estabelecendo o critério da compra e venda.
b) estava associada a uma concepção de distribuição de terras para estimular a produção agrícola.
c) facilitava a aquisição de terras pelos ex-escravos e imigrantes, ao associar terra livre e trabalho livre.
d) estava vinculada à necessidade de expansão da fronteira agrícola e aquisição de terras na Amazônia.
e) superava o antigo conceito de sesmaria, ao impedir a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários.


26) “Em certo sentido, os portugueses, os espanhóis e os italianos, compondo os maiores contingentes imigratórios para o Brasil, registrados entre a Independência e a Primeira Guerra Mundial, satisfaziam as reivindicações dos dois grupos de pressões nacionais.”
                ( Maria L. Renaux e Luiz F. de Alencastro. História da Vida Privada no Brasil.)

 Uma das reivindicações atendidas com a entrada desses imigrantes foi a de

a) políticos nortistas para povoar as áreas de fronteira.
b) fazendeiros escravagistas para aumentar a produção canavieira.
c) políticos defensores do “embranquecimento” da população nacional.
d) industriais paulistas para obtenção de mão de obra especializada.
e) políticos europeus para solucionar problemas decorrentes da unificação nacional.

27) “Não é por acaso que as autoridades brasileiras recebem o aplauso unânime das autoridades internacionais das grandes potências, pela energia implacável e eficaz de sua política saneadora [...]. O mesmo se dá com a repressão dos movimentos populares de Canudos e do Contestado, que no contexto rural [...] significavam praticamente o mesmo que a Revolta da Vacina no contexto urbano”.
                                      ( Nicolau Sevcenko. A revolta da vacina. )

De acordo com o texto, a Revolta da Vacina, o movimento de Canudos e o do Contestado foram vistos internacionalmente como

a) provocados pelo êxodo maciço de populações saídas do campo rumo às cidades logo após a abolição.
b) retrógrados, pois dificultavam a modernização do país.
c) decorrentes da política sanitarista de Oswaldo Cruz.
d) indícios de que a escravidão e o império chegavam ao fim para dar lugar ao trabalho livre e à república.
e) conservadores, porque ameaçavam o avanço do capital norte-americano no Brasil.


28) 

                                                  (Tarzan,  Foto de 1931.)

Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o mundo,  representam

a) o modelo de “bom selvagem” segundo a teoria do filósofo J. Jacques Rousseau.
b) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazi-facismo.
c) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela ideologia do “american way of life”.
d) a superioridade do “homem branco” segundo os defensores da expansão “civilizatória ocidental”.
e) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope.

29) “A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do Estado... O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no contrato de submissão...” Diderot, artigo “Autoridade política”, Enciclopédia, 1751.


 Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é correto afirmar que o autor

a) pressupunha, como os demais iluministas, que os direitos de cidadania política eram iguais para todos os grupos sociais e étnicos.
b) propunha o princípio político que estabelecia leis para legitimar o poder republicano e democrático.
c) apoiava uma política para o Estado, submetida aos princípios da escolha dos dirigentes da nação, por meio do voto universal.
d) acreditava, como os demais filósofos do Iluminismo, na revolução armada como único meio para a deposição de monarcas absolutistas.
e) defendia, como a maioria dos filósofos iluministas, os princípios do liberalismo político que se contrapunham aos regimes absolutistas.


30) Diz a Constituição Brasileira de 1988, no capítulo reservado aos índios: Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados  com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. § 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. (....)

 Pela Constituição Brasileira, é correto afirmar que

a) os índios podem usufruir de todos os recursos naturais da área que lhes for demarcada.
b) os índios precisam de autorização do Congresso Nacional para utilizar os recursos hídricos das terras que ocupam.
c) a reprodução física e cultural dos índios não é prevista pela legislação.
d) a União deverá demarcar terras ocupadas pelos índios desde que estes reconheçam a necessidade de alterar seus costumes e tradições.
e) os índios são os legítimos proprietários das terras que ocupam, podendo vendê-las de acordo com seus interesses.

31) A luta pelo desarmamento nuclear, pelo fim da Guerra Fria e pela paz serviu de inspiração, a partir da década de 1960, para as chamadas músicas de protesto que, com diferentes referências ideológicas, tornaram mundialmente conhecidas certas canções dos Beatles, Rolling Stones, Ramones, Sex Pistols etc. No Brasil, tivemos fenômeno semelhante. “Como é difícil acordar calado” é um dos versos de Cálice, composição de Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil, que explora o duplo sentido causado pela sonoridade de seu título. Composta em 1973, quando o país estava sob o regime militar, a música se refere

a) ao milagre econômico brasileiro.
b) à anistia ampla, geral e irrestrita.
c) ao combate ao uso de drogas.
d) à campanha pelas diretas já.
e) à falta de liberdade de expressão.

32) Durante o período em que o Brasil foi Império houve, entre outros fenômenos, a

a) consolidação da unidade territorial e a organização da diplomacia.
b) predominância da cultura inglesa nos campos  literário e das artes plásticas.
c) constituição de um mercado interno nacional, integrando todas as regiões do país.
d) incidência de guerras externas e a ausência de rebeliões internas nas províncias.
e) inclusão social dos índios e a abolição da escravidão negra.


33) A política externa dos Estados Unidos com relação à América Latina, na segunda metade do século XX, se pautou

a) pelo modelo criado pela Política de Boa Vizinhança (PBV), em particular nos momentos de rejeição às intervenções armadas.
b) por tratados de comércio nos quais os participantes recebem tratamento simétrico em nome dos princípios do pan-americanismo.
c) pelo papel decisivo dos EUA nas diretrizes da Organização dos Estados Americanos (OEA), em especial no tocante a Cuba.
d) pela defesa constante da democracia no continente, inclusive no período das ditaduras militares no Cone Sul.
e) pela escolha da América Latina, como principal alvo político e mercado de investimentos, escalonada depois da Europa e Ásia.

34) A exploração dos metais preciosos encontrados na América Portuguesa, no final do século XVII, trouxe importantes consequências tanto para a colônia quanto para a metrópole. Entre elas,

a) o intervencionismo regulador metropolitano na região das Minas, o desaparecimento da produção açucareira do nordeste e a instalação do Tribunal da Inquisição na capitania.
b) a solução temporária de problemas financeiros em Portugal, alguma articulação entre áreas distantes da Colônia e o deslocamento de seu eixo administrativo para o centro-sul.
c) a separação e autonomia da capitania das Minas Gerais, a concessão do monopólio da extração dos metais aos paulistas e a proliferação da profissão de ourives.
d) a proibição do ingresso de ordens religiosas em Minas Gerais, o enriquecimento generalizado da população e o êxito no controle do contrabando.
e) o incentivo da Coroa à produção das artes, o afrouxamento do sistema de arrecadação de impostos e a importação dos produtos para a subsistência diretamente da metrópole.


35) Constituição de 1824: "Art.. 98.0 Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (...) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado."
 Frei Caneca: "O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.”
 Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824  era

(A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador.
(B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.
(C) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade.
(D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação.
(E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política.


36)


Na charge identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria “ que lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
a) Negação da cidadania aos familiares cativos.
b) Concessão de alforrias aos militares escravos.
c) Perseguição dos escravistas aos soldados negros.
d) Punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
e) Suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.
37) A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reuniu representantes de comissões estaduais e de várias instituições para apresentar um balanço dos trabalhos feitos e assinar termos de cooperação com quatro organizações. O coordenador da CNV estima que, até o momento, a comissão examinou, “por baixo”, cerca de 30 milhões de páginas de documentos e fez centenas de entrevistas.
Disponível em www.jb.com.br. Acesso em 2 mar. 2013 (adaptado).
A notícia descreve uma iniciativa do Estado que resultou da ação de diversos ocorridos entre 1964 e 1988. O objetivo dessa iniciativa foi
a) anular a anistia aos chefes militares.
b) rever as condenações judiciais ao presos políticos.
c) perdoar os crimes atribuídos aos militares esquerdistas.
d) comprovar o apoio da sociedade aos golpistas anticomunistas.
e) esclarecer as circunstâncias de violações aos direitos humanos.
38) Três décadas – de 1884 a 1914 – separam o século XIX – que terminou com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa – do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África.
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia, das Letras, 2012.
O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que
a) difundiu as teorias socialistas.
b) acirrou as disputas territoriais.
c) superou as crises econômicas.
d) multiplicou os conflitos religiosos.
e) conteve os sentimentos xenófobos.

39)  Leia abaixo o fragmento de uma reportagem de jornal.

JOVENS DE CLASSE MÉDIA ROUBAM E ESPANCAM DOMÉSTICA

Cinco jovens de classe média roubaram e agrediram  a socos e pontapés a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, de 32 anos, que estava em um ponto de ônibus na Barra da Tijuca, bairro de elite na zona oeste do Rio, na manhã de sábado, 23. Um dos três agressores que foram presos justificou o crime à polícia dizendo que acharam que a mulher era "uma vagabunda".

Ainda que a reportagem seja atual, na Grécia Antiga os espartanos realizavam periodicamente massacres aos hilotas, classe socialmente inferior. Quanto ao exposto e as análise sobre essas duas realidades sociais é possível concluir que

A)    ainda que separadas pelo tempo os comportamentos desses setores sociais não suscitam nenhum conclusão mais atenta para a história.
B)    a ação preconceituosa dos jovens cariocas em relação à empregada doméstica tem mesmo peso e  sentido que os espartanos tiveram com os hilotas.
C)    assim como em Esparta, atualmente a culpa por esse comportamento agressivo em relação aos  extratos sociais inferiores é uma resposta ao temor sentido pelas classes dominantes, assim, essa é uma forma de proteção.
D)    são duas realidades distintas, mas que retratam o comportamento hostil que classes dominantes apresentam frente a grupos sociais menos protegidos pelo Estado.
E)    essa é uma certeza de que a história se repete e, por conclusão não evolui. Os comportamentos dos jovens espartanos encontram eco na atual sociedade brasileira.

40) Onde há galo, galinha não canta
(Ditado popular conhecido na época colonial)

O ditado acima revela uma das mais marcantes características da sociedade colonial. O mesmo se refere ao

A)   caráter rural.
B)   caráter paternal.
C)  caráter patriarcal.
D)  caráter aristocrático.
E)   caráter preconceituoso.




     GABARITO  (  SIMULADO )


      1C/ 2A/ 3D/ 4B/ 5D/ 6E/ 7A/ 8E/ 9C/ 10A/ 11E/12D/ 13D/14 E/ 15A/ 16A/ 


17E/18A/19E/20E/21B/22A23D/24E/25A/26C/27B/28D/29E/30A/31E/32A/33C/


34B/35C/36A/37E/38B/39D/40C